Agricultura familiar de baixa emissão de carbono no Brasil

Autores

  • Junior Ruiz Garcia Professor do Departamento de Economia e do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), bolsista produtividade em pesquisa do CNPq, coordenador do Grupo de Estudos em Macroeconomia Ecológica (Gemaeco), diretor da regional sul da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (Ecoeco).
  • Vahíd Shaikhzadeh Vahdat Doutorando em Planejamento e Gestão do Território, diretor de Projetos e Articulação Institucional do Instituto Veredas.
  • Leila Harfuch Doutora em Economia Aplicada, sócia-gerente da Agroicone.
  • Laura Barcellos Antoniazzi Engenheira-agrônoma, mestre em Economia Aplicada, sócia e pesquisadora sênior da Agroicone.
  • Antônio Márcio Buainain Professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, pesquisador sênior do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED) e do Núcleo de Economia Aplicada, Agrícola e do Meio Ambiente (NEA+/IE/Unicamp).

Palavras-chave:

adaptação, agropecuária, mudanças climáticas, Plano ABC, tecnologias

Resumo

As mudanças climáticas se tornaram uma realidade para a sociedade, com implicações relevantes para o desenvolvimento. A agricultura é dependente das condições climáticas. Apesar do avanço tecnológico, a relativa estabilidade climática é fundamental para a produção agropecuária. O Brasil criou, em 2009, o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC), executado de 2010 a 2020. Com o fim do ciclo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) desenvolveu o Plano ABC+, a ser executado de 2020 a 2030. O principal objetivo deste trabalho foi discutir a construção de uma agricultura familiar de baixa emissão de carbono no Brasil e reforçar sua importância. Temos mais de 3,9 milhões de estabelecimentos familiares, em 80,9 milhões de hectares, que geram ocupação para mais de dez milhões de pessoas. Este estudo usou dados e informações secundárias coletados da literatura e de fontes institucionais. A análise foi feita com base na abordagem multidimensional. Os resultados mostram que, apesar da inclusão da agricultura familiar no ABC+, persistem muitos desafios quanto a como considerar a heterogeneidade dos produtores e as diferenças regionais dos sistemas agropecuários e como oferecer uma abordagem mais adequada aos diferentes grupos de produtores. Nesse sentido, os resultados permitem agrupar os desafios para uma agricultura familiar de baixa emissão de carbono quanto aos seguintes aspectos: conhecimento e difusão; acesso aos mercados; risco, incertezas e seguro rural; infraestrutura, inovação e financiamento; e mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

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Publicado

2022-12-22

Como Citar

Garcia, J. R., Vahdat, V. S., Harfuch, L., Antoniazzi, L. B., & Buainain, A. M. (2022). Agricultura familiar de baixa emissão de carbono no Brasil. Revista De Política Agrícola, 31(4), 119. Recuperado de https://rpa.sede.embrapa.br/RPA/article/view/1791

Edição

Seção

Artigos Científicos