Cadeias e produtos agropecuários e a inflação brasileira da alimentação no domicílio

Autores

  • José Giacomo Baccarin Doutor, professor de Economia Rural da FCAV/Unesp. Rod. Professor Paulo Donato Castellani, s/n, CEP 14.884-900, Jaboticabal, SP.
  • Gabriel Bueno Mestre em Engenharia de Produção, professor da Fatec Bebedouro.
  • Denise Boito Pereira da Silva Mestre em Geografia, bolsista CNPq.

Palavras-chave:

comércio exterior, preços de alimentos, IPCA

Resumo

O trabalho identificou e classificou os principais tipos de alimentos e cadeias agropecuárias que contribuíram, de 2007 a 2014, para a inflação da alimentação no domicílio no Brasil. Usaram-se dados do IPCA do IBGE. Calcularam-se médias ponderadas e contribuição para a inflação a partir da estrutura de participação de 2008–2009 dos subitens do IPCA. Contra a variação de 55,25% do IPCA, o subgrupo alimentação no domicílio aumentou 85,79%. De seus 16 itens, apenas três variaram abaixo do IPCA, e o item carnes registrou maior elevação. Quase 25% da contribuição para a inflação da alimentação no domicílio se deveu aos subitens pão francês, leite fluido e três tipos de carne de vaca. Nas cadeias agropecuárias, não se constataram grandes diferenças nas variações de preços entre aquelas com produtos comercializáveis (comércio exterior significativo) e não comercializáveis. Produtos in natura ou com grau de processamento mínimo subiram mais do que os com médio ou alto grau de processamento. Sugere-se a adoção de políticas específicas, especialmente crédito rural e pesquisa, para incentivar a produção dos produtos com pequeno mercado internacional, para os quais se supõe que os efeitos dos preços exteriores sejam menores.

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Como Citar

Baccarin, J. G., Bueno, G., & da Silva, D. B. P. (2016). Cadeias e produtos agropecuários e a inflação brasileira da alimentação no domicílio. Revista De Política Agrícola, 24(4), 64–81. Recuperado de https://rpa.sede.embrapa.br/RPA/article/view/1056

Edição

Seção

Artigos Científicos