Viabilidade econômica de certificações de café para produtores brasileiros

Autores

  • Lilian Cervo Cabrera Pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Economia Regional da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
  • Carlos Eduardo Caldarelli Docente do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e do Programa de Pós-Graduação em Economia Regional da UEL.

Palavras-chave:

cafeicultura, custo de produção, preços, rendimentos

Resumo

O objetivo deste estudo foi estimar a viabilidade econômica da adoção de certificações para os cafeicultores brasileiros. Foram analisados os custos das certificações mais difundidas no País – Fairtrade, Orgânico, Rainforest, UTZ e 4C – e os potenciais ganhos aos produtores em termos de preços. A análise dos dados usa dois perfis de propriedade familiar, mecanizada e manual. Na propriedade mecanizada, o preço pago pelo café arábica em 2019 cobre os custos de todas as certificações, e o selo Orgânico é o de maior margem de lucro, de R$ 114,00 a R$ 137,73 por saca. Já na propriedade com manejo manual, o preço pago pelo café arábica só cobre os custos das certificações UTZ e Orgânico, sendo esta última a de maior margem de lucro, de R$ 2,54 a R$ 34,54. Os resultados mostram que algumas certificações podem se tornar inviáveis economicamente, principalmente em propriedades com grande necessidade de mão de obra. Conclui-se que as certificações mais rentáveis são aquelas cujos selos e auditorias são menos onerosos e não demandam grandes investimentos e adequações, ou seja, que não elevam muito os custos de produção.

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Publicado

2021-12-30

Como Citar

Cabrera, L. C., & Caldarelli, C. E. (2021). Viabilidade econômica de certificações de café para produtores brasileiros. Revista De Política Agrícola, 30(4), 64. Recuperado de https://rpa.sede.embrapa.br/RPA/article/view/1651

Edição

Seção

Artigos Científicos