Das políticas de substituição das importações à agricultura moderna do Brasil
Palavras-chave:
políticas de substituição das importações, proteção à indústria, e desregulamentaçãoResumo
A experiência brasileira no processo de ajustamento, enfrentado pela agricultura, que saiu de um regime de industrialização forçada, dentro de uma política de substituição de importações, não foi boa. O setor agropecuário pagou um preço muito elevado pela industrialização do País. Sofreu políticas discriminatórias de controles de preços e tributos na exportação. O Brasil, de grande exportador mundial, tornou-se grande importador. Por meio do crédito rural subsidiado, o governo criou políticas compensatórias, que não resolveram os problemas de escassez de alimentos e acabaram concentrando renda na agricultura. Entretanto, quando o Brasil estabilizou sua economia e removeu as políticas protecionistas para a indústria, passando para um regime de exportações mais livres e desgravadas, o setor rural mostrou toda a sua pujança nas exportações e no abastecimento interno. Nessa transição, os problemas de ajustamento enfrentados pelo País foram sendo gradualmente resolvidos à medida que investimentos na pesquisa, fruto de um projeto de país, de ciência e tecnologia, aumentaram os rendimentos dos cultivos e da pecuária até o Brasil tornar-se um dos maiores exportadores de alimentos. O setor agrícola foi desafiado ao longo de quase 3 décadas e encontrou forças para sobreviver e competir com os avanços da tecnologia e a estabilização macroeconômica.Downloads
Como Citar
Lopes, I. V., Lopes, M. de R., & Barcelos, F. C. (2015). Das políticas de substituição das importações à agricultura moderna do Brasil. Revista De Política Agrícola, 16(4), 52–85. Recuperado de https://rpa.sede.embrapa.br/RPA/article/view/486
Edição
Seção
Artigos Científicos